Planejar para viajar

Sol e água fresca. Tudo o que uma família busca em suas férias, porém todo este sol e está água tem um custo, e sem uma economia focada nas férias, o que acabe se comprando é um “dia nublado e água quente”.

            Toda a família espera longos onze meses para que no final do ano possam viajar. E durante esses meses mobilizam toda a família para “juntar” dinheiro para a sonhada viagem, mas isso pode ser um desperdício se antes não for feito o planejamento adequado. Tudo que vai ser gasto deve ser colocado no planejamento, gasolina, hotel, comida, diversão. Depois deve saber quanto cada um pode economizar. “Cada família tem uma renda e sabe perfeitamente o quanto é possível poupar dentro do rendimento familiar dela”, está é uma dica do economista Leonardo Mussury, não adianta planejar uma viagem exuberante e pensar em guardar o que não se tem. Isso nunca funcionara.

            O bom planejamento é essencial para uma viagem, com ele a sua viagem estará garantida. Quando a família não vai por conta própria, mas sim por uma agência de viagens, o planejamento deve ser melhor elaborado, porque é sempre bom fazer orçamentos em várias empresas, e com muita antecedência, para que possa saber quanto vai deve ser gasto com cada parcela. “O que vai direcionar suas férias, se elas vão ser mais baratas ou mais caras, é a antecedência de sua compra” João Paulo, agente de viagens.

Economia é essencial para as férias

            Para guardar dinheiro crie uma conta poupança, o cofre em casa, o famoso porquinho, também é uma boa alternativa, porém para o Mussury, o dinheiro que está em casa é um dinheiro parado, deixando de ser produtivo, não gerando “economia” para a cidade. Mas é um bom incentivo para as crianças, com isso elas vão aprender a economizar desde cedo.

            Uma outra dica é tentar viajar nos meses de baixa temporada, “pessoas que buscam períodos de baixa temporada, são as que não conseguem acompanhar a alta temporada, em função do valor, é uma alternativa” diz Mussury. Com a demanda por produtos menor do que nos meses festivos, a preços diminuem deixando as férias mais acessíveis, podendo se desfrutar de “regalias” que nos outros períodos eram mais caros.

Janaina Rodrigues

            A família Teodoro sempre viaja no final do ano, porém ao invés de economizar, eles se planejam para usar o 13° salário para as férias ”usamos sempre o salário dos meus pais para a viagem” é o que diz a filha mais velha do casal, Eliana Teodoro. Até hoje para eles isso vem funcionado bem, mas para outras pessoas é mais difícil, fazendo economias o ano inteiro ou buscando formas alternativas de arrecadar dinheiro.

            Maria Aparecida Siqueira, é aposentada e busca no patchwork (artesanato com retalhos) uma forma de distração e também uma renda extra para viagens. Ela ensina outras pessoas a fazerem este mesmo trabalho, contendo já sete alunas e uma funcionária, além de vender seus trabalhos na cidade de Dourados. Há várias outras formas de se arrecadar dinheiro, e isso vai de acordo com cada um.

            Para quem não quer viajar de carro e muito menos de ônibus, uma boa alternativa é o avião. O seu preço não está mais acessível para a população, além de levar um tempo menor para chegar ao seu destino, isso se chama custo oportunidade. A dica é ficar de olho em promoções que acontecem nas agências e sempre comprar com antecedência, porque quanto mais lotado ele estiver, mais caro ele fica.

            Certo. A família não quer viajar de carro, ônibus e avião, a alternativa é o cruzeiro, “hoje em dia o cruzeiro é o melhor custo benefício que se tem no mercado.” É a dica de João Paulo. Além de ficar em um hotel cinco estrelas, o navio oferece teatros, cinemas, alimentação, visita a várias praias, o cruzeiro também pode ir para fora do país, ou seja, é uma boa alternativa para quem quer relaxar. Mas como em todas as alternativas, o cruzeiro deve ser bem planejado, por existir um leque de navios que podem ser escolhidos, como também uma série de rotas percorridas por eles, deixando-o mais caro ou barato.

            Segundo o economista Mussury e o agente de viagens João Paulo, as famílias de classe média hoje em dia podem tranquilamente viajar para o exterior, “Tudo é possível, o tempo de poupança é o que vai dizer”. Janaina Rodrigues economizou dinheiro ganho com o lucro dos artesanatos que ela faz e viajou, com a amiga, para a Argentina. Ficou durante uma semana em Buenos Aires. “Dormidos em albergues e fizemos passeios a pé”, essa foi uma das alternativas que ela encontrou para economizar na viagem ao exterior.

            Com a venda de pacotes e principalmente o parcelamento deles, ficou mais fácil ir para outros países “eu não vejo dificuldade de um indivíduo que ganha R$ 2 mil juntar dinheiro por 1, 2, 3 anos e viajar para o exterior”, Mussury acredita que com um bom planejamento qualquer um pode fazer a viagem dos sonhos.

            Planejar é o primeiro requisito para uma viagem, não importa para onde vá ou com quem, faça um orçamento que caiba no seu bolso, levando em conta como você vai, a onde vai ficar, dentre outras despesas e depois divida em 12 meses ou mais e veja se conseguira “sustentar” essas férias.